quinta-feira, 10 de outubro de 2013

3 Cientistas Ganharam o Prêmio Nobel de Química de 2013


O Nobel de Química 2013, divulgado nesta quarta-feira (9), foi para o trio de pesquisadores Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel. Os pesquisadores foram premiados pelo “desenvolvimento de modelos multiescala para sistemas químicos complexos”.

A Real Academia Sueca de Ciências disse, em comunicado, ao atribuir o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (1,25 milhão de dólares) ao trio de pesquisadores, que eles foram pioneiros no uso de modelos de computador que espelham as reações químicas.

De acordo com a academia, “na década de 1970, Karplus, Levitt e Warshel lançaram as bases para os programas poderosos que são usados ​​para entender e prever os processos químicos. Os modelos de computador que espelham a vida real tornaram-se cruciais para a maioria dos avanços na química hoje”.

A academia considerou que o trabalho de Karplus , Levitt e Warshel é inovador porque consegue fazer a mecânica clássica caminhar lado a lado com a mecânica quântica. “Este ano, os prêmios Nobel de química levou o melhor de ambos os mundos e os métodos elaborados que usam tanto a física clássica quanto a quântica”.

O trabalho deles possibilita, por exemplo, que em simulações de como um medicamento vai agir sobre uma proteína no corpo, o computador executa cálculos teóricos sobre esses átomos na proteína alvo que interagem com a droga. O resto é simulado usando menos física clássica.

“Hoje, o computador é apenas como uma ferramenta importante para os químicos como o tubo de ensaio. As simulações são tão realistas que podem prever o resultado de experimentos tradicionais”, completou.

Por telefone, Warshel agradeceu a academia e, ao ser questionado sobre o seu trabalho, explicou que eles desenvolveram um metódo de olhar para uma proteína e ver “como ela faz o que faz”. Isso, segundo ele, pode ser usado para desenvolver medicamentos.

Karplus é cidadão dos EUA e da Áustria e faz pesquisas na Universidade de Estrasburgo (França) e na Universidade de Harvard. Levitt, um cidadão dos EUA e da Grã-Bretanha, é da Escola de Medicina da Universidade de Stanford. Já Warshel, um cidadão dos EUA e de Israel, é professor da Universidade Southern California.



Fonte: Ultimo Segundo – IG

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fleróvio e livermório: novos elementos da Tabela Periódica



O Nome dos elementos 114 e 116 foram aprovados pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) e serão publicados na edição de julho da "Pure and Applied Chemistry"


Quase um ano após serem adicionados oficialmente à Tabela Periódica, os elementos 114 e 116 foram finalmente batizados: fleróvio e livermório. As novas designações foram aprovadas pela União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC, na sigla em inglês), na reunião que celebrou o fim do Ano Internacional da Química, no dia 31 de maio.
O fleróvio (114, símbolo atômico Fl) foi batizado em homenagem ao físico russo Georgiy Flerov (1913-1990). Ele descobriu a fissão espontânea do urânio e fundou o Laboratório de Reações Nucleares, que fica em Dubna, na Rússia. O centro de pesquisas participou da ‘fabricação’ do elemento 114. Tanto o fleróvio como o livermório não são encontrados na natureza. Podem apenas ser forjados em laboratório, por milésimos de segundo, como o resultado da colisão entre núcleos mais leves em um acelerador.

O livermório (116, símbolo atômico Lv), por sua vez, recebeu seu nome em homenagem ao Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL, na sigla em inglês) e à cidade de Livermore, na Califórnia. Um grupo de cientistas do laboratório ajudou a sintetizar o elemento 116 junto com os russos, em Dubna. É mais um elemento ligado ao laboratório americano. O Laurêncio (elemento 103), sintetizado em 1961, recebeu o nome em homenagem ao físico Ernest Lawrence (1901-1958), fundador do LLNL. Cientistas do LLNL já participaram da descoberta de quatro elementos, além do 114 e 116: os de número 113,115, 117 e 118.

"Estes nomes honram não apenas as contribuições individuais dos cientistas desses laboratórios para o campo da ciência nuclear, mas também a fenomenal cooperação entre os cientistas desses dois países", afirmou Bill Goldstein, diretor do LLNL.

Os nomes dos elementos serão publicados na edição de julho do periódico Pure and Applied Chemistry, da IUPAC.

No vídeo abaixo (em inglês, com legendas em português, o professor Martyn Poliakoff, da Universidade de Nottingham, explica os nomes dos novos elementos: